28 de fevereiro de 2014

Esc@ndalo

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[ótimo]

Eu recomendo: Esc@ndalo
Autora: Therese Fowler
Editora: Novo Conceito

Sinopse:
Amelia e Anthony namoram escondidos. Infelizmente os pais de Amelia são rigorosos e tem a vida toda dela planejada, onde vai estudar, que curso fará e até com quem irá se casar. Certo dia Amelia esquece seu computador em casa, e seu pai, depois de algumas tentativas frustradas, consegue acessar seu computador e descobre fotos de Anthony nu. Assim que chega em casa ele questiona Amelia sobre Anthony e as fotos, ela não revela a verdade, diz que já falou com o diretor e que o problema está resolvido. Certo de que ele é um pervertido que persegue sua filha ele chama a polícia e Anthony acaba preso. O caso avança e Amelia também é presa por ser menor de idade e ter distribuído fotos de si para Anthony. Logo em seguida é a mãe de Anthony que enfrenta problemas e corre o risco de perder seu emprego por ser professora, saber do relacionamento dos dois, e não ter relatado ao diretor, assim como pode ser presa também. Todos estão enfrentando sérios problemas e a situação parece apenas se agravar, sem qualquer possibilidade de uma solução pacífica.

Meu cantinho:
Esc@ndalo foi um livro que me surpreendeu muito e superou todas as expectativas que eu tive. Se for para citar um defeito do livro seria a revisão, infelizmente vi algumas letras comidas, alguns erros de concordância, que incomodam, mas não comprometem a leitura.
A escrita da autora flui de maneira muito fácil, adorei o modo como ela constrói os cenários e principalmente como ela descreve os personagens. Ela não é aquele tipo de autora que só descreve os personagens principais, ou que os descrevem, mas os contradizem em suas ações durante o livro. Ela descreve os personagens muito bem, detalhes importantes de coisas que eles viveram, que eles acreditam, e não apenas o casal principal, mas os demais personagens envolvidos. Somado a isso, tem a veracidade dos fatos, a intensidade, que eu acredito que em grande parte se deu pelo fato da autora ter vivido o que os personagens viveram. Ela da um depoimento no final do livro relatando que seu filho de 19 anos foi acusado de sexting, e baseado nisso ela escreveu esse livro.
Anthony tem 18 anos, ele é atlético, talentoso, vive com sua mãe que foi largada pelo seu pai ainda grávida. Ela é professora de uma escola particular no qual ele conseguiu uma bolsa de estudos. Seu sonho é estudar na NYU, ele quer trabalhar na Broadway, atuar e escrever peças de teatro. Ao encenar uma peça na escola ele contracenou com Amelia e se apaixona perdidamente por ela.  Amelia tem 17 anos e compartilha os mesmo gostos e sonhos de Anthony, ela é a aluna perfeita, com notas perfeitas, que nunca se envolveu muito com garotos até se apaixonar perdidamente por Anthony. Entretanto, ela não é livre para escolher seu futuro e esconde dos seus pais seu namoro de mais de um ano. Acontece que seu pai teve uma infância complicada, com pais relapsos, bêbados, mas ele se esforçou muito para construir uma carreira e dar a vida boa para sua mulher e Amelia. Ele começou seu império com a venda de maconha, mas hoje tem negócios legalizados. Para alguém que já fez coisas ilegais ele consegue ser muito hipócrita quanto ao modo correto de fazer as coisas. Em parte entendo os receios e medo dele, ele quer ser um bom pai para Amelia, que protegê-la, tem receio que ela acabe com a mãe dele, mas ele não pode definir a vida toda dela! Ele já escolheu para que faculdade ela vai, que curso fará, como vai ser seu futuro (uma dona de casa) e até já escolheu um marido para ela! A mãe de Amelia sempre acata tudo o que o marido fala, por mais que as vezes ela tente pensar por si, ela quase sempre acaba se submetendo a ele. É angustiante perceber que Amelia busca apoio nela que não encontra. O problema é que não é apenas o pai da Amelia que é assim, parece que inúmeras pessoas nessa cidade são bitoladas. Um exemplo é quando ela vai falar com uma professora de contraceptivos e ela fala todos os efeitos contrários que o remédio pode causar, como se o celibato fosse a única forma segura de se viver.
Certo dia Amelia esquece seu computador em casa e seu pai consegue entrar no computador, começa a mexer nas coisas dela e encontrar fotos de Anthony nu. Lógico que ele presume que Anthony é um pervertido, porque ele vê sua filha como santa e incapaz de possuir sentimentos e desejos desse tipo. Como um pai pode acreditar que tem uma filha de 17 anos e que ela vai agir como uma assexuada até que ele a case com o marido dos sonhos dele¿ Apesar de saber que todos têm desejos e uma sexualidade, eu também não concordo com o que nosso casal principal faz. Eu acho muita idiotice, com os recursos tecnológicos, como a capacidade de invasão de um computador, da sua privacidade, com a rapidez de como algo se torna viral, você tirar fotos suas sem roupa e entregar a alguém, não importa se seja de confiança ou não. Mas essa é minha opinião pessoal, o livro é extremamente válido porque é algo que acontece no mundo real (e a autora está de prova).
Então o pai descobre as fotos e ao invés de Amelia esclarecer tudo – que namora com Anthony, que eles têm os mesmos gostos, sonhos em comum, que estão juntos a mais de um ano. Ela vai na onda do pai e acaba falando que já resolveu, que denunciou ele para a escola. O que ela não contava era que o pai iria chamar a polícia e que isso levaria Anthony preso, afinal ela é menor de idade e ele, tecnicamente, lhe enviou fotos nu. Então começa uma confusão enorme, Anthony é preso, os pais impedem Amelia de sair de casa, o computador de Anthony é apreendido e eles descobrem fotos de Amelia, e ela então é presa por distribuir pornografia infantil (fotos dela mesma!) e os rumores crescem, assim como as dividas da mãe de Anthony para pagar fiança e advogados, o que é péssimo já que ela é afastada do trabalho por ser professora, saber do envolvimento dos dois, e não ter relatado nada. O livro me surpreendeu a cada página e eu ficava pensando como coisas assim podiam acontecer, o quanto do livro poderia ser real, porque eu achava as acusações absurdas e praticamente qualquer pessoa no Brasil seria presa! Até mesmo poemas de cunho erótico eram visto como disseminação de pornografia.
O livro definitivamente prende o leitor e eu não podia imaginar como seria o desfecho dele, só digo que ele não é chamado de “Romeu e Julieta da atualidade” a toa. Um livro que definitivamente me surpreendeu.

 Volume único.

26 de fevereiro de 2014

Caixinha de Correio


Hades e Heaven são as continuações de Halo. Eu comprei Halo muito barato a muito tempo atrás, ainda não li, mas quando vi os dois livros seguintes da trilogia por menos de cinco reais cada, eu acabei comprando.


Laços de Espírito e Último Sacrifício são os volumes finais da série Academia de Vampiros. Assim que eu acabei de ler o terceiro livro dessa série eu acabei lendo todos os livros seguintes na net, eu fiquei muito empolgada e não consegui esperar os livros físicos. Acabei comprando o quarto livro um tempo depois, para reler e resenhar no blog, acabou que nunca li. Comprei esses dois porque estavam muito baratos, menos de cinco reais um, e dezesseis reais o outro. Espero que agora que tenha a série inteira eu me empolgue para reler e resenhá-los aqui.


Um conto do destino é um livro gigante, de mais de setecentas páginas e custou apenas 9,90! Comprei porque ouvi muitas pessoas falando bem, também achei a resenha muito interessante (além do preço). Azul da cor do mar é um livro que estou com certo receio, li muitas coisas negativas, mas gostei muito do livro de estréia da autora, Simplesmente Ana, então decidi dar uma chance a este. Para aqueles que acompanham o meu blog, sabem que eu ando extremamente azarada com as minhas compras e que sempre vem um livro com defeito para mim. Primeiro foi Abandono, como mostrei aqui, depois Lições do desejo, depois Submissão Mortal, e agora esse livro. Ele veio com amassadinhos nos cantinhos, e com um amasso bem feio na lombada, que vocês vão conseguir ver melhor na última foto dessa postagem. Eu já estou tão desiludida que decide que não vou pedir para trocar, vou ficar com esse livro assim mesmo e dar um tempo nas compras.


Li pouca coisa sobre O segredo de Ella&Micha, mas ele tem essa capa linda e custava menos de dez reais e eu não resisti (eu sei, ok, não tenho controle). @mor foi outro livro que comprei por menos de cinco reais, ele é bem fininho e assim que chegou eu o li, esperem a resenha dele em breve.


Tony Austin & Susan Wright é um livro que eu não tenho idéia do que se trata, eu comprei porque é um livro da Intrínseca e porque ele estava custando menos de dois reais (você não leu errado: dois reais).  No escuro foi outro livro que custou menos de cinco reais e confesso que está foi a minha maior motivação, mas ouvi falar que é um livro bom, acredito que foi um dinheiro bem gasto.


O que acharam dos meus livros? Apesar do amassadinho?

25 de fevereiro de 2014

O Dom - Série Bruxos e Bruxas

[regular]

Eu recomendo: O Dom
Autores: James Patterson e Ned Rust
Editora: Novo Conceirto

Série Bruxos e Bruxas:
O Dom é o segundo volume dessa série, se você não leu Bruxos e Bruxas o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse:
Whit e Whisty agora trabalham com a resistência. Eles já fizeram vários resgates, entretanto, o último deles não foi bem sucedido. Margo foi capturada e enforcada, como se ela fosse Whisty. Derrotados eles voltam para as Terras Livres e anunciam a tragédia. Entretanto, eles não se deixam abalar e partem para uma nova missão para tentar resgatar outras crianças, mas eles acabam sendo capturados. Whit está sempre pensando em Célia, abalado, principalmente porque quando ela faz contato com ele diz que ele precisa se entregar. Whisty sofre diversas decepções além de uma enorme pressão, pois O Único acredita que ela é quem detêm o Dom e fará de tudo para obtê-lo.

Meu cantinho:
Quando falei aqui do primeiro livro da série disse que ele tinha vários erros, mas que podia melhor muito e que eu tinha expectativas para esse segundo livro, mas nenhuma delas foi atingida. O livro ficou repleto de brincadeiras bobas, coisas sem sentido, além de ter sido uma grande enrolação de: encontra O Único e foge, encontra O Único e foge. Isso porque ele afirma ter gastado uma quantidade exorbitante de dinheiro na tentativa de capturar Wisty, mas não parece que eles estavam mesmo tentando, e que se O Único realmente quisesse confrontá-los, poderia tê-los pego a muito tempo atrás. 
Se vocês perceberam nesse segundo livro James Patterson está trabalhando com outro autor, acho que é por isso que algumas infantilidades podem ter ficado de lado, como aquela coisa de “barriga de tanquinho do meu irmão”, mas também apareceram muitas outras coisas bobas, como uma tentativa de ser algo engraçado. Um exemplo é quando falam que Wisty parece se transformar em um lobisomem, ou seria uma lobismulher? Não, nem um pouco engraçado e não complementa em nada o enredo. Além disso, quando O Único se encontra com Whisty e quebra sua baqueta (aquela de onde deveriam vir parte de seus poderes, entregue pela sua mãe), tudo o que ela diz é: “Isso é bullying”. Não há medo, não há confusão, desespero, nada. Só uma resposta que deveria soar engraçada, mas que não demonstra nada. Outra mudança é que os capítulos, antes eram narrados por Whit ou Wisty, agora temos capítulos sem “título” que ou tratam do Único ou de Byron.
Quando o livro começa, aparentemente já se passou muito tempo desde o livro passado. Os irmãos já trabalharam em diversas missões desde a primeira, resgataram diversas crianças, não ficando guardado nenhum ressentimento sobre a mentira envolvendo os pais deles, para forçá-los a trabalhar na primeira missão. E eles acabam de voltar de uma missão mal sucedida e logo partem para outra, e basicamente assim segue esse livro, missões que levam ao encontro com O Único e fugas, encontros bestas e fugas bobas. 
Quem tem um destaque maior nesse livro é Byron, o rapaz que perseguiu Whit e Wisty no passado, mas que acabou se juntando a eles. Wisty ainda não confia nem um pouco nele, o que eu não entendo é porque eles o deixam ficar. Eles aceitam qualquer um livremente, não rola um exame, um teste de fidelidade, algum tipo de prova, um detector de mentiras, qualquer coisa! Se eles são bruxos eles devem ser capazes de um encantamento para a pessoa dizer a verdade, mas não acontece isso, eles só acolhem todos, por isso O Único consegue se infiltrar tão facilmente na Resistência. Voltando a Byron, eu achei a birra de Wisty em relação a ele extremamente infantil, entendo tudo o que ele fez, mas ela parecia não conseguir parar de implicar com ele, igual criança quando se apaixona e não para de atormentar a pessoa. Acontece que Byron está realmente apaixonado por Wisty, mas ele também parece ser um espião. Eu ainda estou muito confusa em relação a ele, tenho que admitir que ele fez algumas coisas boas, mas outras coisas muito suspeitas, agora é esperar o desenrolar dos próximos livros.
Outra coisa é a respeito do foco em Wisty, apesar da profecia falar sobre dois irmãos bruxos, O Único acredita que é ela quem detém O Dom que ele tanto quer. Realmente ela consegue conjurar chamas, e fazer feitiços e coisas aparecerem do nada, mas eu acho que Whit está sendo muito ignorado, e ele também consegue imaginar coisas e fazê-las aparecer, mover objetos, além de escrever poemas que se transformam em encantamentos ou premonições. Enquanto Wisty foi completamente enganado por um menino qualquer, teve sua baqueta roubada, foi Whit quem teve intuições, quem tentou alertá-la, quem procurou manter o controle da situação e agir com certa maturidade. Acho que o que diferencia mesmo os dois é o poder do fogo que Wisty tem, e quando eles enfrentam O Único no final, percebemos que ele controla terra, água e ar, mas não o fogo.
O livro teve diversas coisas viajadas, algumas que persistiram do primeiro livro, os quais tinha esquecido de comentar, como por exemplo, energia elétrica proveniente de frascos de perfumes. Alguns absurdos novos como os pais que sumiram, mas que sempre parecem saber o que está acontecendo e mandam mensagens de celular para os filhos, escrita com a letra deles (sim, com a caligrafia deles), ao invés de aparecerem e esclarecerem alguma coisa ou fazerem algo de útil. Além disso, tem toda uma viagem com Célia, a namorada morta de Whit, ela desapareceu tem um tempo e Whit está simplesmente paranóico querendo encontrá-la. É quando ela aparece num telão da Nova Ordem falando que ele precisa se entregar para resolver as coisas para que eles possam ficar juntos. Eu não entendi essa coisa toda do telão, apesar de realmente parecer ser a Célia, a coisa toda de se entregar é um tanto suspeito, mas eu me pergunto: eu fui a única que prestou atenção na profecia do livro passado? Ela fala que todos da família precisam morrer, para que eles possam aprender coisas nos outros reinos e lutar contra o que está acontecendo. Acho que eles simplesmente se esqueceram da existência da profecia.
Basicamente o livro foi composto por situações forçadas, e muita linguiça, O Único com os poderes que tem poderia ter capturado e controlado os irmãos a muito tempo, mas ele parece apenas deixá-los escapar e não se esforça verdadeiramente para capturá-los. Fiquei muito decepcionada com o livro e espero um maior desenvolvimento no enredo com a continuação.

Continuação:
[Atualizado] O próximo livro da série é O Fogo. Você pode ler a resenha dele clicando aqui.

22 de fevereiro de 2014

Caixinha de Correio


Oi gente, passando aqui para divulgar mais uma caixinha de correio! Primeiro Poseidon. A Novo Conceito tem lançado muitos livros bacanas que me chamaram a atenção e esse foi um deles, principalmente depois que eu li os primeiros livros da série Sereia que gostei bastante. Li algumas coisas por cima sobre o livro e acho que vou gostar bastante. Esperando por você é da Susane Colasanti, a mesma autora de Tipo Destino, estou comprando todos os livros dela porque gostei bastante da escrita da autora. Essa compra tem mais um livro dela, mas que devido a prazos de entregas diferentes ainda não chegou. A única coisa que me deixou triste com esse livro é que ele não segue o padrão de lombadas igual ao dos outros livros da Susane.


Na ilha foi um livro que encontrei ao acaso, que estava muito barato, e que eu me encantei pela sinopse. Acredito que será uma leitura bem diferente e que vou gostar muito do livro. Dever de capitão eu comprei porque assisti com meu namorado o filme baseado nele, Capitão Phillips, e gostei bastante, espero que o livro seja ainda mais rico em detalhes que o filme.


Submissão Mortal é o terceiro volume da série Mundo das Sombras, mas como eu ando muito azarada, é lógico que algum livro tinha que vir com defeito, é lógico que tinha que ser aquele no qual paguei mais caro! Não da para perceber muito por conta da luz e da capa, mas há riscados de caneta preta. Você deve pensar que com o fundo preto não de pra ver, mas dá sim, e ainda pegou um pedaço das flores na capa. Como se isso não fosse suficiente ele ainda veio riscado na lateral das páginas, o que significa que eu tive que entrar em contato para trocar (segunda-feira devo enviar o livro para troca)! Por fim, Louca por você, é o primeiro livro da série Bad Boys, ouvi muitas pessoas falando que esse livro é bom ou que desejam lê-lo, como finalmente o achei barato decidi comprá-lo.


O que acharam dos meus novos livrinhos?

21 de fevereiro de 2014

A garota que você deixou para trás

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[ótimo]

Eu recomendo: A garota que você deixou para trás
Autora: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca

Sinopse:
Em 1916, na França, Sophie enfrenta os horrores da guerra enquanto seu amado marido, Édouard, está no front de batalha. A pequena cidade em que vive foi tomada pela exército inimigo, e quando o novo Herr Kommandant obriga que ela sirva comida para os oficiais alemães em seu estabelecimento logo ela é vista como colaboradora e enfrenta a hostilidade da comunidade que sempre ajudou. Em suas visitas o Kommandant se encanta por um retrato de Sophie pintando por seu marido, ele também se encanta com ela. Quando recebe a notícia de que Édouard foi capturado ela precisa tomar uma decisão que pode colocar tudo em risco. Em Londres, no ano de 2006, Liv tem na parede da sua casa o retrato de Sophie, presente de casamento do seu falecido marido. Quando depois de anos ela se envolve com outro homem, Paul, ela mau pode acreditar na sua infelicidade ao descobrir que é ele quem representa os descendente de Édouard, que querem reaver o quadro que hoje em dia vale milhões. O livro intercala a vida dessas duas mulheres, uma lutando para salvar seu marido, a outra para manter o presente que ele carinhosamente lhe deu.

Meu cantinho:
Eu simplesmente não sei dizer que livro dessa autora amo mais e como ela consegue escrever de um modo tão maravilhoso. Eu adorei A última carta de amor, Como eu era antes devocê me conquistou ainda mais, mas quando li A garota que você deixou para trás eu me tornei incapaz de dizer qual livro eu prefiro!
O livro tem uma capa que segue o mesmo design de Como eu era antes você, eles não tem nenhuma semelhança na história, mas eu gosto da padronização de capa nos trabalhos dos autores, o mesmo que a Intrínseca fez com os livros do David Nicholls. O livro tem uma diagramação boa, o trabalho de revisão está ótimo, acho apenas que a letra poderia ser um pouquinho maior.
O livro é divido em Parte 1 e 2. A parte um se passa em St. Péronne e Paris, cidades da França. O período é a Primeira Guerra Mundial, algumas cidades da França foram tomadas pelo exército alemão, é o caso de St. Péronne. Sophie se mudou de Paris para a pequena cidade quando seu marido foi para a guerra, de modo que ela poderia ficar com seu irmão Aurélien, sua irmã Hélène e seus filhos (cujo marido também foi lutar na guerra). Elas administram um hotel, mas na verdade os alemães já levaram tudo e não há possibilidade de hospedar qualquer pessoa, elas apenas abrem o restaurante do hotel, que mais pareceu um bar, um ponto de reunião das pessoas da comunidade, já que quase não há alimento para ser servido. Há sempre animosidades, suspeitas, sussurros, terror, mas não há muito que se possa fazer quanto aos soldados que ocuparam a cidadezinha. St. Péronne tem um novo Herr Kommandant, que depois de um incidente muito inusitado com a família de Sophie, ele afirma que o hotel terá que servir as refeições para os soldados. Ela então começa a ter problemas com as pessoas da cidade, que começam a acreditar que ela está de alguma forma apoiando o exército inimigo – e isso me deu muita raiva porque Sophie sempre ajuda todo mundo, e de uma hora para outra, por conta da imposição de um oficial, ela é vista como colaboradora. As pessoas começam a tratá-la mau, a ofendê-la, a duvidar de sua índole. De fato há uma aproximação dela com Herr Kommandant, mas dele como pessoa, não como um oficial do exército alemão. Ao obrigar que elas fizessem a comida para os soldados, permitiu que elas ficassem com as sobras, ele também não permite que nenhum dos seus soldados tome liberdade com as irmãs, e sempre as trata com gentileza. Ele também acabou conquistando ela por entender de arte e apreciar um retrato dela, pintado por seu marido Édouard, apesar da relutância, já que ela não quer aquele espaço, aquelas memórias, invadidas por um alemão. Acontece que Sophie tem notícias que seu marido está preso num campo, onde as rações de comida se resumem a uma sopa rala, onde o trabalho braçal e exaustivo, quebrando pedras ou construindo pontes, onde a exaustão é punida com agressões e qualquer pequena insubordinação é punida com a morte. Ela então propõe um acordo ao Kommandant, ela percebe que ele tem certo interesse nela, e lhe oferece o quadro e seu corpo, para que ele salve seu marido. Temos mais alguns acontecimentos (no qual basicamente eu quero esquarteja o irmão mais novo dela, Aurélien) e então a parte 1 acaba e você entra em pânico e surta totalmente porque você precisa saber o que aconteceu com Sophie e a parte 2 começa outra estória em outra época!
A parte 2 ocorre em Londres do ano 2006, mas mais para frente teremos capítulos que voltam para a história de Sophie. Temos agora Liv, que perdeu o marido a quatro anos mas de certa forma ainda não superou essa perda. Ela mora em uma casa de vidro linda que ele construiu (ele era arquiteto), mas a verdade é que ela tem problemas com o dinheiro, dívidas no cartão, hipotecou a casa e está cheia de credores, sem saber o que fazer. Ela está cansada de seus amigos tentarem lhe arrumar um namorado em encontros combinados, que não resulta em nada, pois a verdade é que ela não consegue esquecer David. Isso até ela conhecer Paul, um advogado, bem sucedido, que simplesmente a encanta. Tudo parece estar indo bem, até que eles dormem juntos na casa dela, ele acorda, começa a agir de modo estranho e desaparece por alguns dias. Liv fica desolada sem saber o que aconteceu, até que ele retorna para falar com ela e explicar tudo. Ele saiu correndo da casa dela naquela manhã pois na parede do quarto dela ele se deparou com o quadro A garota que você deixou para trás (sim, o retrato de Sophie), e os descendentes do pintor haviam contratado ele para descobrir onde a obra estava e acionar a justiça para rever esse objeto que sumiu durante a guerra. Isso mina completamente a relação dos dois, Paul não desiste do processo e Liv não pode se desfazer desse quadro, Sophie que sempre pareceu entendê-la, que estava lá quando David se foi, que foi um presente dele para ela, presente pelo casamento dos dois. Já endivida, ela apenas se complica mais financeiramente para contratar advogados e recolher informações que possam fazer ela ganhar o caso. É incrível a falta de informação e a crueldade das pessoas, Liv é vista pela opinião pública como uma ladra, muitos falam do sofrimento dos judeus (não sabem eles que essa é uma obra que está relacionada a primeira, e não a segunda guerra mundial), eles cospem nela na rua, colocam merda (literalmente) na sua caixa de correio. Escrevem cartas ofensivas, ligam para ela toda hora. O pior é que o leitor vê como ela ama o quadro, e como os descentes do pintor apenas o querem para vendê-lo e ganhar algum dinheiro. O livro fica na luta de Liv para reunir alguma informação e nos acontecimentos que se seguem a Sophie o quadro. O leitor fica angustiado querendo saber se Sophie terá algum final feliz e se Liv manterá o quadro que tanto ama e se ela e Paul terão uma chance diante de todas essa confusão. O final é lindo, o epílogo também, o livro todo na verdade! Recomendo!
Para fechar, gostaria de abrir um espaço para falar de uma personagem: Liliane Béthune (do tempo de Sophie). Ela foi julgada muito rapidamente pela sociedade, e o que tanto sua comunidade quanto os soldados alemães fazem com ela é terrível. O final dessa personagem é nada menos do que trágico, e de certa forma também é o destino de sua filha, que foi afastada da mãe, e sempre teve a certeza de que Herr Kommandant foi sua desgraça, fez o possível para atingi-lo, sem nunca saber que ele de fato tentará ajudá-la (pelo menos foi o que me pareceu no livro).  É uma personagem intensa, corajosa, maravilhosa, que mereceu esse espaço na resenha.

Volume único.

19 de fevereiro de 2014

Cidades de Papel

[muito bom]

Eu recomendo: Cidades de Papel
Autor: John Green
Editora: Intrínseca

Sinopse:
Quentin e Margo foram amigos quando crianças, eles viveram diversas coisas juntos, inclusive encontraram um cadáver. Entretanto, o tempo foi passando e eles se afastaram e convivem com grupos distintos. Enquanto Margo é uma das populares, que consegue controlar todas as pessoas na escola, Quentin é nerd com amigos bem estranhos, mas ele sempre admirou Margo e tem esse sentimento platônico por ela. Até que um dia, a noite, Margo invade seu quarto pela janela e pede sua ajuda para um plano de vingança contra aqueles que considerava seus amigos e seu namorado que o traiu. Quentin vê sua vida transformada em uma noite pelas loucuras e pegadinhas que Margo planejou, ele acredita que as coisas finalmente vão mudar. O que ele não esperava era que Margo fosse desaparecer, fugir de casa. Ele descobre que não é a primeira vez que ela faz isso, mas como agora é maior de idade não há muito que a polícia pode fazer. Ele também descobre que sempre que foge ela deixa pistas, com o intuito de que alguém se importe e vá encontrá-la. É quando Quentin descobre a primeira pista e saí em busca de Margo. 

Meu cantinho:
Eu gosto muito do John Green, e preciso dizer que esse é outro livro muito bom dele, mas eu tive um sério problema com Margo, não gostei nem um pouco das atitudes, da arrogância dela. Acredito que por conta disso e do final do livro, eu demorei tanto tempo para resenhá-lo (eu li esse livro mais ou menos no meio do ano passado). De todos os trabalhos de John Green esse foi o que menos gostei. Adorei as pegadinhas no começo, Quentin e seus amigos, mas a presença de Margo no final do livro estragou tudo.
Quando crianças Quentin e Margo eram muitos próximos, certa vez encontraram um corpo e Margo decidiu fazer uma investigação para descobrir o que aconteceu. Ele a achava brilhante, e que compartilharam essa experiência que ela não compartilharia com mais ninguém. Depois de adolescentes, cada um seguiu um caminho, Margo em direção a popularidade e ele ficou mais quieto com seus poucos amigos. Ele é um menino correto, comportado, que sempre faz tudo certo, filho de psicólogos, portanto está sempre sendo “analisado” pelos pais (eu que já estudei psicologia achei as partes com os pais dele muito bacanas). Já ela parece dar muita importância a aparência e finge ser algo que não é, apenas para agradar e se encaixar com as outras pessoas.
Quando Margo aparece na sua janela certa noite, vestida de preto e com um plano de vingança, ele volta a ver um lado de Margo que ela não compartilha com ninguém e ele acredita que a conhece como nenhuma outra pessoa. Eles fazem diversas pegadinhas com pessoas que Margo acreditava serem seus amigos, mas que haviam mentido para ela, inclusive o seu namorado que lhe traiu com sua melhor amiga. Tem muitas coisas engraçadas, e Quentin se diverte muito, apesar dos receios e de inclusive fazer algumas coisas que podem lhe causar problemas reais. Ele se sente maravilhado, no dia seguinte ele acredita que tudo será diferente ao lado de Margo, mas ela não vai ao colégio, na verdade ela fugiu de casa. Ela sempre fugia de casa, mas a polícia não pode fazer nada agora devido a maioridade. O que ele descobre é que ela sempre deixa pistas para serem seguidas, que seus familiares nunca conseguiram desvendar. Quentin acredita que a conhece como ninguém e quando vê um cartaz no verso da cortina do quarto dela, e que ela sabia ser possível de ver do seu quarto, ele sabe que é um recado para ele, que ela quer que ele a encontre. Através do cartaz ele acaba chegando a um livro, com trechos marcados de um poema de Walt Whitman. Ele fica simplesmente obcecado e saí em uma jornada que parece quase impossível para chegar até ela. Nesse caminho ele conhece aspectos da Margo que não sabia existir, mostrando que ele não a conhecia tão bem quanto pensava, assim como aos poucos vai tirando a imagem dela do pedestal em que a colocou. Achei que a busca dele começou a ficar cansativa em certo ponto e o final, como disse, foi completamente estragado pela arrogância, imaturidade e insensibilidade de Margo.
Quero abrir um espaço para falar dos outros personagens, os amigos de Quentin. Quando ele fica nessa busca ele acaba perdendo o controle, só pensa nisso, e muitas vezes acha que seus amigos não o compreendem, ou são egoístas, mas não percebe que é ele que só pensa em Margo e na verdade seus amigos são maravilhosos que estão sempre ao seu lado. Radar é um cara muito inteligente, que entende tudo de computadores, e uma curiosidade ao seu respeito, que o faz morrer de vergonha e que me arrancou muitas risadas pelo modo e a situação em que ela aparece, é que seus pais tem uma coleção gigante de papais noéis negros. Mas é uma coleção gigante, eles são muito loucos com isso! Quando comecei a ler o livro Deixe a neve cair, no primeiro conto tem uma personagem que os pais colecionam a cidade de natal Flobie, e são loucos por isso e chegam a ser presos, na mesma hora eu pensei que ela se entenderia bem Radar. Ben é o amigo extremamente engraçado, cheio de piadinhas, que consegue sempre deixar os climas pesados mais leves. Ele é responsável pela maior parte das risadas que o livro me arrancou. Lacey na realidade é amiga de Margo, mas quando percebe que não conhecia tão bem a amiga, que há a suspeita de que ela pode ter cometido suicídio, ela entra na busca de Quentin para descobrir a verdade e se torna amiga dos garotos.
Algumas pessoas compararam esse livro e os personagens a Quem é você, Alasca? Apesar de ter lido esse outro livro, e de fato haver uma busca pelo personagem feminino, que leva a descoberta de quem ela verdadeiramente é, e dessa personagem feminina ser uma chata total, não vi tanta semelhança. Eu gostei muito do final de Alasca, achei as reflexões muito mais profundas. Cidades de Papel traz questões sobre se conhecemos verdadeiramente alguém, e o valor de amigos, mas nada tão intenso e explícito quanto as ponderações que temos em Quem é você, Alasca?
Quanto ao nome do livro não vou explicar tanto para não revelar spoilers, mas é uma ideia muito bacana do autor, que no final ele ainda explica com suas próprias palavras a experiência que viveu e que desencadeou essa ideia.

Volume único.

18 de fevereiro de 2014

Os Hathaways - Tentação ao pôr do sol

[ótimo]

Eu recomendo: Tentação ao pôr do sol
Autora: Lisa Kleypas
Editora: Arqueiro

Os Hathaways:
Tentação ao pôr do sol é o terceiro livro dessa série, se você não leu Desejo à meia-noite e Sedução ao amanhecer o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse:
Poppy já está na sua terceira temporada em Londres, mas ainda não conseguiu um pretendente. A verdade é que quase todos os homens fogem dela, porque ela é muito bonita e inteligente, muito mais inteligente do que os homens que a cortejam. Entretanto, um rapaz chamou atenção de Poppy: Michael Bayning, um homem rico e simpático, que também demonstrou interesse nela, mas não a corteja propriamente pois acredita que precisa de um tempo para convencer seu pai dessa união, já que é um senhor que preza acima de tudo a linhagem. Entretanto, outro cavalheiro demonstra interesse em Poppy, o Sr. Harry Rutledge, dono do hotel no qual a família Hathaway se hospeda toda temporada. Ele irá usar de artimanhas para atrapalhar o envolvimento dela com Bayning e a colocará em uma situação comprometedora, para que não reste outra opção que não o casamento. Poppy se vê em um casamento sem amor, com um homem cheio de segredos, em quem não pode confiar, mas que também sabe ser carinhoso e atencioso, e que parece gostar verdadeiramente dela.

Meu cantinho:
Foi uma surpresa quando acabei o livro passado e li um trecho do primeiro capítulo desse livro, porque percebi que o livro trataria de Poppy. Eu achava sinceramente que esse livro iria tratar de Leo e da Srta. Marks (estou louca pelo livro desses dois), mas sorte que não fui decepcionada pois esse livro deixa tudo ainda mais interessante entre os dois e o próximo livro será deles!
Voltando a Poppy, eu não sabia muito bem o que esperar dela. Todos os Hathaways têm características muito bem definidas e sempre chamaram atenção por isso, mas Poppy nunca se destacou muito. Amelia era protetora, forte e decidida, além de ter tido o destaque por sua história ser a primeira da série. Win era a moça doente, frágil e delicada, mas perdidamente apaixonada por Merripen, outra pessoa marcante. Leo teve seu coração partido e começou a beber e agir como alguém irresponsável. Bea a menina espontânea, sem papas na língua, perdidamente apaixonada por animais. Poppy não é tão excêntrica quanto os outros Hathaways, mas também não se encaixa em sociedade. É nesse livro que vemos que ela se diferencia mais das outras damas pelo fato de ter um conhecimento absurdo sobre diversos assuntos, e não conseguir falar pouco e ser superficial em suas conversas.
Poppy já está na sua terceira temporada e não teve qualquer homem por quem realmente se interessasse. Além disso, muitos homens fogem dela devido a excentricidade de suas conversas, além de sua família pouco convencional. A verdade é que ela quer construir uma família, viver uma vida tranquila, assim como aquela que tinha quando seus pais eram vivos, antes de Leo herdar o título. Ela acredita ter encontrado o homem perfeito, Michael Bayning, um homem educado, sem um passado comprometedor, sem vícios e rico. Entretanto, ele tem um pai muito rígido, extremamente ligado a linhagem, por isso ele tem certo receio de falar-lhe sobre Poppy e pediu a ela um tempo para que pudesse abordar com ele a questão. Nesse meio tempo um incidente acontece: o furão rouba uma carta de amor escrita de Bayning para Poppy, ela saí correndo atrás dele pelo hotel e esbarra com Harry Rutledge, que fica em posse de sua carta sem que ela saiba. Ela tem uma conversa franca com ele sobre diversos assuntos, achando que ele é apenas um funcionário que a flagrou perambulando com um animal nas dependências do hotel. A verdade é que ele é o dono hotel e rapidamente se interessa por Poppy. Eu achei esse interesse rápido demais, para um homem que sempre se divertiu, que sempre foi solteiro, que tem inúmeras mulheres desejando-o, ele conversa com Poppy uma única vez e arma uma série de artimanhas para se casar com ela. Ele conversa com o pai de Bayning em segredo e lança uma luz terrível sobre o relacionamento dos dois (apesar de que, pelo o que ouvi falar do pai dele, acredito que ele não a aceitaria em sua família de qualquer forma), entrega-lhe a carta escrita pelo seu filho e impede tal união. Michael Bayning procura Poppy e pede-lhe desculpas, que de algum modo seu pai soube do envolvimento dos dois, e ele impediu que os dois ficassem juntos, caso contrário o renegaria e o destruiria de qualquer renda. Amelia que está presente afirma que se ele ama Poppy pode se casar com ela, que tem um bom dote, além do que, a família lhe daria total apoio financeiro. Ele se recusa a ser sustentando pela família da mulher e a desobedecer o pai, provando que ele não gosta verdadeiramente dela. Depois desse episódio Poppy fica de coração partido e quer deixar Londres, entretanto boatos começam a se espalhar e ela precisa ficar e comparecer ao último baile da temporada, para mostrar que não está afetada pelo rompimento com Bayning e os boatos que circulam a seu respeito. 
Poppy procura se manter firme e vai ao último baile, o que ela não esperava era a presença de Bayning, nem do misterioso Harry Rutledge. Acreditando que não será capaz de suportar a presença de Michael ela aceita dançar com Harry, que após a dança a leva para a varanda e pergunta se ele pode cortejá-la. Poppy recusa devido a seu recente coração partido e por ele não ser o tipo de marido que deseja, entretanto, quando esse lhe dá um beijo ela percebe que foi comprometida pois há outras pessoas na varanda, entre elas Bayning e seu irmão Leo (que logo percebe pelo rosto de Harry que ele tinha a intenção de ser pego para poder se casar com Poppy). A família não deseja que Poppy se case com ele se ela não o ama, mas ele faz a proposta e consegue persuadi-la. Nesse ponto eu achei que a Srta Marks iria fazer alguma revelação contra Harry que fosse impedir o casamento, mas ela não faz nada. É óbvio que eles se conhecem, já que ele inclusive a trata como “Cat”, abreviatura do seu primeiro nome, eu achava que ele tivesse se envolvido com ela no passado, feito promessas, desonrado ela, mas não foi nada disso e achei muito surpreendente a relação que os dois compartilham.
No dia do casamento deles Bayning aparece e faz uma revelação, de que foi Harry quem contou sobre o envolvimento dos dois ao seu pai e fez com que eles se separassem. Ele pede que ela vá embora e se case com ele, mas ela acredita que Bayning iria se ressentir com ela devido a perda do título, dinheiro e proteção do pai, e que esse casamento sem amor com Harry seria o melhor para todas as partes. Poppy então se vê presa nesse casamento, onde ela deseja o marido, mas acredita não haver amor de nenhuma das partes. Ela tem que viver no hotel, sem ter uma casa só sua, e o marido parece querer controlá-la e não deixa que se envolva com os funcionários. A relação se desenvolve desse modo complicado, e achei muito interessante as revelações do seu passado, que nos fazem entender porque Harry é assim. Além disso, o final é cheio de suspense e adrenalina. Eu fui surpreendida a cada página e gostei muito desse livro, mas acredito que o próximo será ainda melhor!
Por fim, eu gostaria de trazer uma novidade para vocês, eu descobri uma estória extra, “A Hathaway Weeding”, que mostra o casamento de Win e Merripen. Quem tiver interesse em ler, clique aqui para obter o pdf.

Continuação:
[Atualizado] O próximo livro dessa série é Manhã de Núpcias. Você pode ler a resenha dele clicando aqui.

17 de fevereiro de 2014

Caixinha de Correio


Livros novos gente! Eu comprei os dois primeiros livros dessa série por ser da Suzanne Collins, que é a autora da trilogia Jogos Vorazes. Eu me arrependo muito de não ter comprado a muito tempo atrás quando eu vi na Américas o box com os quatro primeiros livros por 19,90. Esse infelizmente foi quase o valor que eu paguei em cada um dos livros, mas faz tanto tempo que espero por uma promoção que não aparece, que decidi comprar logo.


Li em um blog parceiro a resenha de Todo Dia e fiquei encantada com o enredo completamente diferente que o autor propõe. Do escritor David Levithan eu resenhei recentemente o livro Will&Will que ele escreveu em parceria com John Green. Assim como nesse livro ele segue a ideia de amor independente de gênero, mas seguindo uma proposta bem inovadora no enredo. Já Esc@ndalo foi um livro que me chamou  atenção a um certo tempo, estava na minha lista de desejados no skoob e o preço estava razoável, então decidi comprá-lo. Me surpreendeu a grossura do livro, espero que seja tão bom quanto outros da Novo Conceito.


A lógica para comprar esses dois livros foi a seguinte: custa 9,90. Ponto. Okay, houveram algumas outras contribuições como o desconto que consegui (mas com o valor do frete, na nota, o livro continuou com esse preço), o fato dele ser da Intrínseca que é uma editora que só lança livros bons. Li também a sinopse de Jasper Jones e me pareceu legal, já de O circo da noite eu já li várias resenhas positivas – e ele tem essa capa linda cheia de brilhos, além de uma lombada bem trabalhada que vocês vão ver na foto abaixo. Não devo ler eles com tanta urgência, para quem viu minhas últimas caixinhas de correio sabe que tenho comprado muita coisa interessante que são minhas prioridades de leitura no momento.


Quem poderia ser a uma hora dessas? É do Lemony Snicket, o autor de Desventuras em Série, eu espero uma leitura diferente e louca igual a dessa outra série do autor. Gosto do trabalho dele, me encantei mais com o livro que ele escreveu sem seu pseudônimo (chamado Por isso a gente acabou), mas tenho curiosidade por outros trabalhos do escritor, sem falar que estava custando 9.90 (consumista, eu sei)! Agora quanto a Never Sky... bem, se eu contar porque eu comprei esse livro vocês vão rir muito da minha cara. Basicamente eu vi e falei: um livro novo da Veronica Roth (autora da série Divergente)! E fiquei pensando: como assim eu não ouvi ninguém falar desse livro novo dela? Mesmo tendo sido lançado por uma editora diferente, como eu não ouvi nada a respeito dele? E fui logo enfiando ele na minha cesta de compra – com uma dor no coração porque ele estava caro, o livro mais caro dessa compra! Então ele chegou, lá estava eu com minha nova distopia na mão, quando fui ver a orelha no fim do livro e vi a foto da autora, pensei: mas essa não é a Veronica Roth. Comecei a ler o texto: mas ela não é brasileira... e não se chama Veronica Rossi. Sim, eu paguei super caro em um livro, achando ser de outra autora, simplesmente porque li rápido! Eu que sou uma leitora tão assídua não prestei atenção, acreditam? Mas tudo bem, porque comecei a ler o livro e ele de fato é muito bom, só me arrependo de ter pago tão caro nele porque ele lançou tem pouco tempo, e imagino que daqui a alguns meses seu preço deve cair.


Lições do Desejo você já viram aqui em outra caixinha de correio, mas como eu havia mostrado, ele veio danificado, amassado e rasgado. Eu entrei em contato com a Ponto Frio e com muita dificuldade consegui o código do correio para postar o livro e realizar a troca. Enviei o livro e eles enviaram bem mais rápido que o último livro com defeito que eu comprei, mas assim como aconteceu com Abandono (como contei nessa caixinha aqui), o livro veio rasgado, troquei, e voltou outro sujo e amassado. O livro parece certinho na foto, mas o verso tem as quinas muito amassadas e sujas. Eu decidi não entrar em contato com a Ponto Frio novamente, pois acredito que o livro que eles vão me mandar não estará em melhor estado, mas como disse anteriormente, a loja perdeu um cliente. Só para avisar, os demais livros dessa caixinha foram comprado na Submarino. Mathilda Savitch foi o livro mais barato que já comprei na vida até o momento: 3,45. A resenha do livro é bacana, ele foi lançado por uma editora boa, mas confesso que o preço foi o principal na hora de comprá-lo.


Comprei o box do Diário de um banana porque estava ultra barato, seis livros por 59,90! Eu entendi porque o preço barato quando o livro chegou, ele é a versão econômica, sem orelhas e de capa mole (quem já viu esse livro sabe que ele tem uma capa durinha bonitinha), mas ainda assim valeu a pena, já que ele veio dentro de uma caixa bonitinha na qual pretendo deixar os livros para conservá-los melhor (veja a foto abaixo).

O que acharam dessa caixinha linda?

15 de fevereiro de 2014

Tesouro e Sedução

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[muito bom]

Eu recomendo: Tesouro e Sedução
Autora: Jessica Bird (J.R. Ward)
Editora: Universo dos livros

Sinopse:
Carter Wessex recebe uma proposta de sua amiga Grace para escavar a Montanha Farrel, novas pistas sugerem que lá ela pode descobrir um grande mistério da história norte-americana, além de um tesouro perdido. Entretanto, essa montanha é localizada na propriedade do implacável Nick Farrel, um homem lindo bilionário, convencido e arrogante que não gosta de ninguém em sua propriedade. Nick aceita a escavação por puro interesse, Carter é filha de um homem milionário, com quem cortou relações e não vê a diversos anos. Ele acredita que se reaproximar os dois cairá nas graças do milionário. O que ele não esperava era se envolver com essa mulher tão teimosa, se apaixonar verdadeiramente e viver perigos devido aos segredos escondidos na montanha.

Meu cantinho:
Esse é o primeiro livro da Ward que eu leio escrito com seu pseudônimo, é também o primeiro que não está relacionado com a Irmandade. Na realidade, não há nada de sobrenatural no enredo, e fiquei surpresa ao conhecer esse novo lado da autora, que não perdeu em nada no quesito personagens (adorei todos). Esse é o segundo livro escrito pela Ward, além de um volume único, por isso acredito que o livro seja um pouco diferente da escrita dela, principalmente no que se refere as cenas de conteúdo adulto, que são bem menos explícitas que aquelas que vemos na Irmandade. O trabalho de diagramação foi bem feito, não vi muitos erros que a revisão deixou passar, mas preciso dizer que achei essa capa um pouco poluída demais e muito escura.
Carter é uma arqueóloga que quer explorar a montanha Farrel devido a suspeita da existência de um sítio arqueológico, entretanto ela faz parte da propriedade de Nick e ela precisa convencê-lo a autorizar a escavação. O primeiro encontro dos dois já é de tirar o fôlego, pura teimosia e tensão. Nick é aquele cara lindo, dominador, acostumado a ter as coisas do seu jeito (lembrando um pouco os rapazes da Irmandade) e que não costuma ter relações duradouras, a mulheres que se envolvem com ele sabem disso e procurar obter o máximo de benefícios que podem no tempo em que ficam juntos. Carter é uma mulher forte, cabeça dura, que ama o seu trabalho e sabe que escavar a montanha e descobrir sobre aquele pedaço do passado é muito importante (o tipo de mulher que não vemos a Ward trabalhar muito). Nick não gosta de estranho nas suas terras, mas além de ter se interessado em Carter, ele tem interesses na família dela, mais especificamente no seu pai e nos benefícios que essa relação pode trazer.
Achei muito interessante esse trabalho pois temos esse romance picante, interessante, cheio de tensão, ciúmes (que me arrancaram diversas risadas) e desentendimentos. É engraçado ver um homem como Nick, poderoso, dominador, sempre no controle, começar a cometer erros e não saber como agir diante de uma mulher. Ele começa a ter ações e sentimentos que ele nunca esperou ter, e isso o surpreende e faz o leitor ver como somos capazes de agir feito bobos quando estamos apaixonados. Além do romance a Ward traz detalhes ricos sobre outros aspectos do enredo. Ela descreve com precisão o trabalho de um arqueólogo, além de questões relacionadas a administração (apesar dessa não ser muito do meu interesse), problemas de Carter com o pai (é muito bacana o final que essa trama tem), de Nick com o sobrinho (que apesar de gostar muito do sobrinho o cara não tem tato nenhum para lidar com adolescente e não sabe demonstrar afeto), também temos um romance mais adolescente em paralelo (que vai causar um bocado de dor de cabeça), além de um mistério envolvente sobre o que teria acontecido no passado, e de um tesouro que muitos parecem cobiçar (e que fecha o livro com chave de ouro – ouro literalmente).
Só peço para aqueles que tiveram contanto com trabalhos mais recentes da Ward entendam que esse foi um dos primeiros trabalhos dela. Muitos querem comparam ao nível de complexidade da trama que vemos entre os irmãos na Irmandade da Adaga Negra, ou que acharam que no final tudo se resolveu muito facilmente. Eu acredito que ela conseguiu desenvolver bem o texto para um livro de volume único, e que o fechamento se deu dentro das possibilidades reais, já que esse não é um dos livros dela com temáticas sobrenaturais onde temos desfechos com coisas impossíveis acontecendo, mas ainda assim surpreendente.

Volume único. 

14 de fevereiro de 2014

Will&Will

[ótimo]

Eu recomendo: Will&Will
Autor: John Green e David Levithan
Editora: Galera

Sinopse:
Will Grayson tem como lema ignorar aqueles que lhe incomodam e calar a boca, assim ele não arruma confusão. Ele não é um dos mais populares do colégio, tem poucos amigos, entre ele está Tiny Cooper. Um cara gigante, jogador de futebol, e gay assumido. Certo dia o caminho desses dois cruza com o de outro Will Grayson, com problemas com a mãe, depressão, solidão e medo de assumir sua homossexualidade. O primeiro Will Grayson se vê apaixonado por uma menina, não correspondido e enfrenta problema com Tiny, seu melhor amigo. O segundo Will Grayson vê uma grande melhora na sua vida graças as mudanças provocadas por Tiny, mas ainda tem muitos obstáculos a enfrentar. Além disso, temos Tiny, que apesar de expansivo e alegre tem seus próprios medos e problemas com os quais lidar. Um livro que fala sobre amizade e amor, independente da opção sexual da pessoa.

Meu cantinho:
Eu sabia muito pouco sobre esse livro, apenas que teríamos um casal homossexual e pelo título do livro eu presumi que seria entre os dois Wills – me enganei. O livro tem capítulos intercalados entre os dois Wills, ambos se chamam Will Grayson, por isso vou chamar de Will 1 e Will 2. O primeiro a nos ser apresentado é Will 1, ele não é um dos meninos mais populares, não tem namorada e nem parece muito interessado em relacionados e por isso que seu melhor amigo Tiny Cooper gosta de dizer que ele é assexuado. Will apenas se deixa levar, segue o fluxo, segue as orientações dos pais, vai bem na escola, não costuma fazer nada de errado, seu lema é ignorar as situações desconfortáveis e calar a boca. O grande destaque na vida de Will 1 é esse seu amigo Tiny, que não tem nada de pequeno, ele é gigante, enorme, adora falar sobre si, acredita que o mundo gira ao redor dele, e é gay assumido. Tiny recentemente tem tentando empurrar Will 1 para Jane, mas apesar dela ser bonita e deles terem coisas em comum, ele se sente confuso pois ao mesmo tempo em que quer estar, não quer estar com ela, e acaba rejeitando-a. Por conta do desenrolar até esse ponto eu acredita seriamente que Will 1 iria se descobrir gay, se encontrar de alguma forma com Will 2, e eles ficaram juntos. Entretanto, não é o que acontece, ele começa a desenvolver um interesse maior por Jane, começa a agir, tomar algumas atitudes que normalmente não faria – mas nada em um sentido negativo, só deixa a passividade de lado. Lógico que esse é um processo longo, e as vezes eu só queria gritar com ele por não fazer ou falar certas coisas! Acredito que os capítulos de Will 1 tenham sido escritos por John Green, achei a escrita semelhante a dele, as situações complicadas, os traços de fofuras recheadas de humor, aquela coisa bem única do Green. Também tenho essa suspeita porque em um dos capítulos do Will 1 aparece uma menina com nome Hazel, fiquei com um frio na barriga achando que era a Hazel de A culpa é das estrelas e que nos seria mostrado algo a mais da vida dela, mas a verdade é que ela aparece só nesse momento e não há mais nada.
Quando entrei no primeiro capítulo com Will 2 foi uma diferença enorme. A escrita e estruturação do texto são completamente diferentes, e por nunca ter me deparado com nada assim nos demais trabalhos do John Green, acredito que esses capítulos tenham sido escritos por David Levithan. O escritor só usa letra minúscula, mesmo no início das frases ou nomes próprios. Os diálogos são sempre narrados pelo autor, no qual ele estrutura com “eu:” e, na fala seguinte o nome da pessoa, não há travessão, como normalmente é usado para demonstrá-los. E os pensamentos de Will 2 e os diálogos são sempre separados por um espaço no texto. Will 2 é gay, mas nunca se assumiu. Ele tem uma vida muito complicada, toma remédios para a depressão, está sempre em conflito com sua mãe e nunca mais viu seu pai que abandonou os dois. A única coisa boa do seu dia é Issaac, que ele conheceu pela internet, por quem está apaixonado. Depois me muito tempo se correspondendo, eles decidem finalmente se encontrar, que é o momento no qual a vida de Will 1 e Will 2 se cruzam. Não vou falar o que acontece com Issaac porque isso seria um spoiler muito grande, eu mesma me surpreendi muito com essa parte, portanto, vou deixar para que vocês descubram na leitura. Acontece que a situação não acaba muito bem, é quando Will 1 e Will 2 se esbarram e Will 1 apresenta Tiny a Will 2. Tiny pode ser meio egocêntrico as vezes, mas ele também gosta de ajudar as pessoas e faz possível para consolar Will 2. Will 2 então começa a se envolver com Tiny, as mudanças nele são enormes, mas ele também tem dificuldade em lidar com Tiny. Acontece que Tiny Cooper, que tem um destaque nesse livro tanto quando os Wills, as vezes consegue ser bem irritante. Primeiro por ser muito focado nele, ele não consegue ver quando Will 1 precisa dele como amigo, ou que Will 2 tem certos entraves psicológicos, e assunto que Tiny trata com superficialidade na verdade são aspectos complicados para ele. Mesmo que muitas vezes Will 2 trate as situações complicadas com um humor, ainda é possível perceber que nem tudo é fácil para ele. Mas Tiny no geral é uma pessoa legal, que quer o bem das outras, e que também tem os seus problemas apesar de sempre tentar se mostrar positivo em todas as situações.
Após as histórias se cruzarem grande parte do foco do livro se volta para uma peça que Tiny está escrevendo, que a princípio fala sobre ele, mas que depois de conhecer Will 2 ele percebe que precisa tratar de amor. Enquanto isso Will 1 está triste porque Jane voltou com seu ex-namorado e não consegue conversar ou buscar apoio em Tiny, que tem seu foco todo voltado para a peça. Além disso, ele fez um personagem chamado Phil, que na verdade é Will 1, e quando Tiny vai descrever como deve ser Phil ele acaba magoando muito Will 1 com suas palavras. Will 2 vive uma confusão de sentimentos, novos amigos, ele se assumindo para todos, a evolução no seu relacionamento com a mãe – essa parte foi uma das mais tocantes.
O livro foi bem diferente, não pela questão da homossexualidade, mas pelos personagens tão distintos que são apresentados, pelo modo como os capítulos são estruturados, pela evolução dos personagens, pela intensidade das situações. Gostei principalmente do desfecho, recomendo a todos.

Volume único.