25 de novembro de 2014

Oscar Wilde para inquietos

[bom]

Eu Recomendo: Oscar Wilde para inquietos
Autor: Allan Percy
Editora: Sextante

Sinopse:
Nesse livro Alan Percy traz noventa e nove máximas do famoso escritor Oscar Wilde e tira delas importantes lições para se viver de forma autêntica, para realmente viver e não apenas existir. Ele destrincha cada frase, demonstra através de exemplos como Wilde vivia, o que ele falava, como se portava, além de trazer diversos outros autores e trabalhos para complementar as ideias dele. Além disso, no final do livro Percy traz uma pequena biografia da vida de Wilde, revelando diversas curiosidades sobre o autor.

Meu cantinho:
Eu já havia lido do autor Nietzsche para estressados. Eu tive uma experiência relativamente boa com a leitura, apesar de algumas críticas, consegui tirar algumas lições valiosas dela. Contudo, ler Oscar Wilde para inquietos foi um pouco diferente para mim, pois diferente do livro anterior, eu já conhecia diversas das citações do autor que Percy traz. Eu tenho em casa um livro de aforismos, sendo que uma parte dele é dedicada a Wilde, e apesar de muitas delas serem uma alfinetada ao gênero feminino (Allan não trouxe nenhuma dessas) eu achei diversas outras muito interessantes. 
Foi curioso ver como Percy interpretou cada máxima e as lições que ele extraiu dela, em algumas ele foi capaz de ampliar meus horizontes de entendimento, em outras não. As minhas críticas a esse livro na realidade são muito parecidas com as que fiz para Nietzsche para estressados. O autor coloca uma máxima e em alguns momentos ele foge da ideia principal. Ele começa a falar de um assunto e puxa para outro, e outro, e no fim, a lição que você tira na verdade não está relacionada com a citação que ele trouxe. Às vezes ele acaba pegando um trecho e fala sobre o trabalho de outro autor e começa a enumerar pontos importantes do trabalho dele, que pouco tem a ver com o que Oscar Wilde disse. As lições desse livro são em sua maioria voltadas para a ideia de se viver uma vida plena, como o leitor poderia ser capaz de viver bem, com paixão, com autenticidade, e de fato viver, não apenas exisitir. Acontece que ele acaba se repetindo demais em alguns momentos, por exemplo, toda vez que ele traz uma máxima que se refere a dinheiro, tive a impressão que a lição final era sempre a mesma. Contudo, houve uma melhora significativa no trabalho dele no que diz respeito ao fechamento das ideias, acredito que nesse livro, quando ele propõe uma lição ele a fecha melhor e não deixa muitas pontas soltas como acreditei ter visto em seu outro trabalho. Mesmo que ele fuja do ponto de partida, ele sempre fecha o texto com um pequeno conselho ao leitor.
Para quem gosta desse tipo de trabalho ele é uma leitura, interessante e leve, da qual você pode sim tirar ensinamentos valiosos. Entretanto, eu recomendo ponderação. Algumas pessoas que tem hábitos de ler livros como esse acredita que tudo serve para ela, mas isso não é realidade, assim como o autor não está isento de cometer erros em sua avaliação do que é correto. Por exemplo, em uma determinada passagem do livro ele fala que a pessoa não deve se focar em seus problemas, sem consumido por ele. Até esse ponto eu concordo, todavia, como alternativa para solucionar esse impasse ele recomenda que o leitor comece a ajudar as outras pessoas com os seus problemas! Eu acho isso extremamente errado, primeiro por que eu sou uma co-dependente (quem não sabe o significado desse termo vejo a resenha do meu livro Co-dependência nunca mais), e eu preciso é deixar de me focar nos problemas dos outros e me focar na minha vida, em como fazer bem a mim mesma. Segundo, porque ele não deveria propor uma fuga de seus problemas para problema dos outros, e sim em atividades que beneficie positivamente o leitor e que o ajude a crescer. Portanto, cautela com o que você irá absorver e praticar na sua vida.
O livro fecha com uma pequena biografia do Oscar Wilde. A verdade é que o que eu conhecia do autor era apenas de boca. Eu nunca tinha lido nada sobre a vida dele e achei extremamente interessante. Eu não sabia que ele tinha se casado e tido filhos! Mas o que achei mais curioso foi descobrir que assim que acabou a faculdade ele ficou interessado em uma moça que não quis saber dele pois começou a se envolver com Bram Stroke! Mundo pequeno não?

Volume único.

2 comentários:

  1. Oie Dudi =)

    Confesso que não costumo muito ler esse tipo de livro, mas como sou bem inquieta acho que talvez vale a pena dar uma chance a ele. Bem em todo caso, vou anotar a dica aqui ^^

    Beijos;***

    Ane Reis.
    mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
    @mydearlibrary


    ps: Poste mais textos seus aqui no blog sim! Adorei <3

    ResponderExcluir
  2. Não é beeeem o meu gênero de leitura.
    Se um dia cair na minha mão, acho que posso ler.
    :D

    Beijooos

    www.casosacasoselivros.com

    ResponderExcluir