2 de julho de 2014

A Dama da Ilha

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[ótimo]

Eu recomendo: Dama da Ilha
Autora: Patricia Cabot
Editora: Essência.

Sinopse:
Reilly Stanton é um marquês, mas quer ser reconhecido como doutor depois de ter cursado a faculdade de medicina. Diferente de outros portadores de títulos, que fazem a faculdade apenas pelo diploma, ele de fato gosta de exercer a sua profissão. Sua noiva deseja se casar e ser reconhecida pelo título do marquês e não como a mulher de um simples médico. Ela menospreza sua profissão, como esse não cede, ela termina o noivado. Ele então parte para Skye, uma ilha de pescadores escoceses, para tratar de casos sérios e comprovar a seriedade de sua profissão. Na ilha ele conhece Brenna Donnegal, a filha do antigo médico, uma mulher que usa calças e é tratada por todos como a médica da cidade. Logo ele descobre que foi contratado como um artifício para perturbar essa jovem moça, tudo parte de um plano para que sem escolhas, ela se case com o empregador de Reily, o Lorde Glendenning. Ele não esperava era se apaixonar por essa mulher forte, inteligente, decidida e tão a frente de seu tempo

Meu cantinho:
Diferente dos demais livros de romances históricos que Meg Cabot escreve com seu pseudônimo, a Dama da Ilha é um livro marcado pela sedução e a paixão, mas sem tantas cenas de conteúdos adultos como nos demais livros. Temos uma ou outra cena narrada já perto do fim do livro, o que chegou a me surpreender porque quase acabando a leitura eu não esperava que cenas hots ainda fossem aparecer.
Lorde Glendenning anuncia no jornal Times a procura por um médico que deseje trabalhar nessa pequena ilha escocesa, por um pequeno ordenado, mas com moradia inclusa. Reilly Stanton se candidata a vaga, um aluno dedicado, com uma clínica em Londres, aceita esse emprego apenas para provar a sua ex-noiva o valor de sua profissão. Ele não verdade não precisa trabalhar, é o primogênito de um marquês, mas não quer ser reconhecido por esse título herdado, mas sim pelo título de doutor que ele conquistou. Acontece que sua noiva pensa diferente, ela quer ser reconhecida pelo título de nobreza do noivo e não apenas como a mulher de um simples médico. Ela menospreza sua profissão, afirmando que ele na verdade não têm pacientes reais, apenas casos de frieiras e histeria. Sem conseguir uma mudança de opinião do noivo ela rompe o noivado e este então vê a chance de trabalhar na ilha Skye e provar que sua noiva está errada, que sua profissão tem valor e que ele pode fazer a diferença.
Quando chega a Skye seu empregador Lorde Glendenning avisa que ele tem um problema de acomodação, que a cabana do riacho onde ele deveria ficar está ocupado pela antiga filha do médico da ilha, Brenna Donnegal. Ele acredita que ela é louca, já que anda pelo cemitério na calada da noite e que deve praticar bruxaria, mas afirma estar apaixonado por ela. Lorde Glendenning na verdade o contratou com uma desculpa para expulsar Brenna da cabana e essa, sem lugar para morar, seria obrigada a morar com o Lorde e se casar com ele. O livro então fica envolto em mistérios, do porque Brenna está em Skye e o que a leva a perambular pelos cemitérios a noite. Além disso, temos o romance já que o Lorde afirma amar Brenna, mas ela não deseja se envolver com ele ou com qualquer homem para que nada atrapalhe seus objetivos na ilha. Contudo, ela se vê atraída por Reilly Stanton e ele parece começar a se interessar por ela e a pensar cada vez menos na sua ex-noiva. Para finalizar temos uma enorme apreensão, pois Reilly foi a cidade provar seu valor como médico e quando a cólera começa a dizimar as pessoas da cidade esse momento de fato chega.
Reilly Stanton é um personagem interessante, pois ao mesmo tempo em que tem características muito positivas, com o fato de querer ser reconhecido por seu título conquistado e não herdado, por prezar uma profissão ao dinheiro, ele as vezes me decepciona. Sua noiva estava certa quando dizia que ele era um bêbado, ele muda no decorrer do livro, mas acho impressionante o quanto ele bebe. Também acho que ele viveu sempre dentro dessa redoma que era seu círculo social e ao sair ele foi surpreendido por uma realidade totalmente diferente. Contudo, ele soube se adaptar a essa realidade, amadureceu, e me conquistou completamente.
Lorde Glendenning é um personagem que na maior parte do tempo me enfurece. Ele é um homem grosso, manipulador, malvado, na maior parte do tempo mesquinho e sempre muito bêbado. Contudo, ele as vezes me surpreendeu com alguns de seus gestos de atenção e dedicação aos que vivem sobre sua proteção.
Brenna Donnegal é muito dedicada ao povo de Skye, mas principalmente muito dedicada a sua família, mesmo que para o bem deles tenha que agir contra diversas regras impostas pela sociedade. Ela é uma mulher muito a frente do seu tempo, inteligente, que usa calças, que cuida tanto das pessoas quanto dos animais. Ela esconde diversos segredos: porque está nessa ilha sozinha, como foi possível convencer seus pais a deixarem ali, o que faz perambulando pelo cemitério a noite e o que faz quando fica trancada horas no antigo escritório de seu pai.  Ela se apaixona, mas por ser muito cabeça dura, acaba evitando qualquer envolvimento, para não comprometer seu segredo que já se tornou uma obsessão.
Cabot constrói personagens humanos, não são aqueles homens inteiramente maus ou inteiramente bons. Não há uma linha: esse é mocinho e esse é bandido. São personagens com lados bons e ruins. Adorei o livro, ele tem uma pitada de mistérios, de paixão, de segredos e de tensão. Um romance que não fica apenas focado no casal principal e seus dilemas, mas tem todo um pano de fundo muito bem construído que os envolve e os influencia, além de personagens secundários maravilhosos e muito bem estruturados. Outro trabalho esplêndido da autora.

Volume único.

Um comentário:

  1. ahhh Sou suspeita, pois como Patricia ou Meg Cabot sou fã de carteirinha da autora RSRSR
    E claro tenho esse livro.
    Bjs
    http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/

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