18 de junho de 2014

Como quase namorei Robert Pattinson

[regular]

Eu recomendo: Como quase namorei Robert Pattinson
Autora: Carol Sabar
Editora: Jangada

Sinopse:
Duda é uma fã enlouquecida de Edward Cullen, o personagem principal da saga Crepúsculo, e também fã de Robert Pattinson, o ator que o interpreta no cinema. Agora que está viajando para Nova York para estudar, ela alimenta esperanças de que possa conhecer finalmente o homem dos seus sonhos. O que ela não esperava era que fosse morar ao lado de um sósia de Robert, Miguel Defilippo. Ela também não esperava que ele fosse ser gentil e atencioso em alguns momentos, e que fosse desaparecer em seguida em outro. Que fosse lhe tratar com carinho e depois se esquecer do seu aniversário. Quando ela acha alguém com quem pode superar Robert Pattinson, ele parece ser mais inacessível do que o ator de Hollywood.

Meu cantinho:
Minhas amigas estavam sempre falando desse livro e como elas morreram de rir durante a leitura e eu estava morrendo de curiosidade para ler esse livro. Infelizmente ele estava sempre muito caro e eu acabava deixando passar em todas as minhas compras, então decidi pegá-lo emprestado. Normalmente não gosto de pegar emprestado, porque se gosto do livro, quero tê-lo na estante, mas abri essa exceção.
Eu comecei a ler e preciso dizer que me decepcionei muito ao me deparar com a nossa personagem principal Duda. Ela é uma estudante de jornalismo, de 19 anos, que é fã da saga Crepúsculo. Até esse momento tudo bem, o problema é que ela é daqueles tipos de fã doentia, ela exagera, ela deixou completamente de ter vida social por conta da saga. Ela saí de casa para uma festa apenas porque sua irmã ameaça destruir seus livros da saga (que tem grifos, anotações, e fotos coladas), e ainda por cima leva na bolsa uma foto do Robert Pattinson (o ator que interpretou o personagem principal da saga no cinema) caso se sinta sozinha. Ela não tem interesse em ficar com absolutamente ninguém porque fica sonhando acordada com Edward Cullen, e compara qualquer homem que se aproxime dela com ele. O pior de tudo é que ela é a menina de 19 anos, desajeitada, que gagueja perto de meninos, que fica com as pernas bambas, que não consegue se aproximar de alguém do sexo oposto que não seja homossexual. O mais incrível é que todos os caras lindos e totalmente gatos desse livro se interessam por ela e ela parece não perceber. Eu confesso que estou cansada desse tipo de estereotipo, da menina boba, desajeitada e inexperiente com homens. Apesar disso prossegui com a leitura. 
Eu achei o humor muito forçado, a autora querendo fazer um livro engraçado acabou e deixando o livro bobo, achei a infantilidade muito presente e muitas coisas me pareceram bobas. Eu continuei a leitura apenas porque peguei o livro emprestado e não queria devolvê-lo e falar que não li. 
Duda está em Nova York, não fala nada de inglês e começa seu curso. No seu curso ela conhece Pablo. Pablo foi o primeiro raio de sol nesse livro que diminui meu desinteresse na leitura. Infelizmente ele é um tipo de Jacob para Duda, que está mesmo fixada em Robert, e também no seu vizinho que se parece com ele. Pablo é um espanhol lindo, perfeito, atencioso e inteligente. Ele é educado, presta atenção no que Duda fala, ajuda ela com seus estudos, lê toda a saga Crepúsculo apenas para que ela tenha alguém com quem conversar. Pablo é só atenção e dedicação, atravessa uma nevasca horrível apenas para poder ver Duda no dia do seu aniversário! Me pergunto porque esse cara não é o mocinho desse livro e porque não existem mais Pablos nesse mundo! A questão é que Duda só o vê como amigo, ele tenta beijá-la e ela o rejeita e mesmo assim ele continua todo dedicado a ela. O pior de tudo é que ele demonstra seus sentimentos a cada gesto, e mesmo que já tenha tentado beijá-la, ela age como ignorante, como se não tivesse noção do que ele sente por ela (novamente: odeio essas personagens burras ao que é óbvio).
Confesso que a partir da metade do livro (que é um livro muito grosso e é preciso muita disposição para se chegar ao meio) a leitura começa a melhorar. Peguei-me rindo alto de uma cena em que Duda fica bêbada com sua prima. Além disso, a constante presença de Pablo e a minha esperança de que ele conquiste Duda prendem a minha atenção. Infelizmente a fixação dela pela saga Crepúsculo continua, mas agora há outro objeto de sua obsessão: Miguel Defilippo, o vizinho clone de Robert. Ele é muito parecido com o ator, dirige um volvo prata igual ao personagem e parece ser tão misterioso quanto. Logo ela se vê caidinha pelo rapaz, triste quando ele some por dias, feliz com qualquer migalha de atenção. Logo todos percebem o interesse dela, mas quando a confrontam sobre seus sentimentos e afirmam que ela só gosta dele porque ele é parecido com seu amor Edward Cullen, ela não consegue explicar porque gosta de Miguel, esse cara que ela mal conhece. Lógico que no final do livro ela consegue justificar o que ela vê nele, mas até esse momento eu acredito que ela passa mais tempo encantada com a aparência dele do que com qualquer outra coisa já que não o conhece de verdade. Sem falar que ele faz algo no final que eu achei muita sacanagem e sinceramente não sei se perdoaria tão facilmente! Achei o final interessante, porque ela colocou um empecilho até clichê entre Duda e Miguel, mas o modo como o assunto é solucionado foi inesperado. Também achei muito bacana o rumo que a obsessão de Duda tem no fim, como ela percebe que Rob é tudo para ela, que ela sabe tudo dele, mas ele sequer sabe o seu nome - o que sempre foi algo lógico, mas ela ainda fantasiava que ele fosse lhe agarrar e agradecer toda sua dedicação e que a amava.
O livro acabou me prendendo no final, mas até que chegasse um ponto em que a leitura ficasse interessante para mim, demorou muito. Minhas amigas adoraram o livro e acharam tudo muito engraçado, eu já fui um pouco insensível e achei a maior parte das cenas forçadas, mas algumas coisas realmente me fizeram rir. O romance tem muita coisa de clichê e um triângulo amoroso muito parecido com o da saga Crepúsculo, mas também tem algumas coisas que me surpreenderam. Carol Sabar é uma autora brasileira e sempre acho interessante darmos uma chance a autores do nosso país, acredito que quem gosta de chick lit tem chances de gostar desse livro apesar de infantilidades do enredo.


Volume único.

2 comentários:

  1. Aaaah, pode falar o que você quiser, mas eu AMO esse livro de paixão e chorei de rir madrugada adentro, hahahaha.
    Estou nem aí, eu sou fã.
    :P

    Beijoooos, Dudi

    www.casosacasoselivros.com

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  2. Eu tinha vontade de ler o livro, sou fã da saga e fã do Robert, mas pela sinopse achei meio bobinho, sei lá e depois dessa sua resenha, fiquei com o pé mais na realidade.... talvez eu o leia um dia, só para passar o tempo e ter minha própria opinião dele, mas agora não.... =/

    Pri ;*
    http://closettgarden.blogspot.com.br/

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