27 de agosto de 2013

The House of Night - Escondida

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[regular]

Eu recomendo: Escondida – The House of Night
Autoras: P.C. Cast & Kristin Cast
Editora: Novo Século

The House of Night:
Escondida é o décimo volume dessa série. Ela é composta pelos livros: Marcada, Traída, Escolhida, Indomada, Caçada, Tentada, Queimada, Despertada e Destinada. Caso não tenha lido os primeiros livros da saga, o texto a seguir pode conter spoilers.

Sinopse:
Neferet finalmente foi desmascarada depois de ter assassinado a mãe de Zoey, mas os problemas não acabaram. Neferet vai tentar atingir Zoey de todas as formas possíveis, e também tentará causar discórdia entre o mundo dos vampiros e dos humanos. Enquanto isso Aurox está em conflito sobre o que ele é verdadeiramente. Zoey vê alguns dos seus amigos mudando de lado, mas ela tem que tentar manter seu grupo unido e muitas vezes não sabe o que fazer e o pior golpe vem quando Neferet captura sua avó e ela precisa agir rápido e contar com ajudas inesperadas se quiser realmente salvá-la.

Meu cantinho:
Mais um livro dessa série e eu me pergunto quando ela irá acabar. Continuo tendo milhões de críticas a essa série, muitas que já relatei nos livros anteriores e outras novas. Primeiro, acho que alguns personagens nesse livro sofreram uma “mudança de lado” sem que o leitor veja qualquer evolução. Não é como, por exemplo, como Kalona, que você alguns dilemas que ele enfrenta, dúvidas. Já outros personagens um dia são do time Zoey e no dia seguinte são do time do mau, acredito que faltou uma construção, além de justificativas (só não vou citar a personagem para não dar spoilers). Também tem coisas que se contradizem, por exemplo, a avó de Zoey, Sylvia. A filha dela é morta, ela presencia o assassinato de Dragon, mas ainda assim, na manhã seguinte ela está dançando e cantando alegremente com total disposição como se não fosse uma senhora de idade que tivesse vivido coisas terríveis. Então ela justifica a sua dança e sua alegria por conta da “paz interior” que ela possui, mas em livros anteriores, com coisas menos graves do que o assassinato da sua filha ela se desgastou muito mais facilmente e não encontrou essa paz. A verdade é que tem acontecidos muitas mortes, mas a impressão é que elas estão sendo banalizadas, todos os personagens parecem estar superando isso muito rápido.
Outro ponto: Stevie Rae é muito boba para ser uma Grande Sacerdotisa, ela sempre é vista como o elo fraco pelo qual os outros podem atingir Zoey, e ela mesma parece não ser capaz de tomar decisões sem antes conversar com Zoey. Inclusive Thanatos a coloca em seu lugar quando mostra que ela é uma Grande Sacerdotisa sem qualquer poder de decisão e pede que ela comece a trabalhar nisso. Zoey também não fica para traz, as vezes ela parece que tem paralisia cerebral. A Deusa fala com ela, diz exatamente o que ela tem que fazer e ela fala: “eu não sei o que fazer”. Além disso, já estou de saco cheio dessa história de amar vinte mil caras ao mesmo tempo. Também não gostei quando ela ficou se metendo entre Shaylin e Eric e ainda ficou falando “não é ciúmes”, mas me pareceu sim um sentimento de posse. A verdade é que ela não precisa alertar Shaylin a respeito de nada, já que com seu dom ela é extremamente perceptiva, o que me leva a outra questão: ela tem um super dom que até agora tem sido muito pouco utilizado. É muito simples entender que ela percebe a verdadeira personalidade das pessoas através das auras, mas todos a deixam de escanteio falando que é algo muito confuso e não da para entendê-la. Shaylin usa exemplos óbvios para descrever as pessoas, mas todos são muito burros para entender e quando Aphrodite entende e explica tudo de um jeito ainda mais simples, eles ficam: “ó, ela é o oráculo, desenvolvendo a habilidade que Nyx lhe deu, por isso consegue fazer essas interpretações”, mas a verdade é que ela só não uma completa idiota.
Além disso, o livro está repleto de discussões bobas e cansativas e desnecessárias (a verdade é que quase metade do livro é uma enrolação). Eles querem falar sobre uma coisas e enrolam falando sobre diversas coisas sem sentido antes, que não acrescenta em nada a leitura. Um exemplo é quando eles querem falar de algo e começam um discurso sobre a âncora de tv, a aparência dela, compara com outros apresentadores, até de fato chegar ao assunto original, ou seja, exaustivo e inútil. Também não agüento as falas idiotas como “não me assuste ou vou fazer pipi nas calças”, por favor, ningúem no mundo fala assim! As vezes tenho vontade de ler o livro original em inglês para ver se as autoras realmente escreveram isso. E sério, essa coisa de não entender o vocabulário usado por Damien já passou do ridículo, do absurdo e do irritante, por favor, “manejar” definitivamente não é um vocabulário estranho e complexo.
O livro também tem uns erros de digitação, como por exemplo, eles citam o Stark e aparece “ela está falando do meu namorado – Aphrodite disse.” E até onde eu sei, quem namora o Stark é Zoey, além desse tem mais um ou dois errinhos no mesmo estilo. Também tem algumas passagens que ao meu ver tem erros, personagens que não estão em lugar e do nada aparecem lá (reparem na luta final em Thanatos que aparece do nada). Já que citei o nome da Aphrodite, agora vamos falar dela. Continuo achando que ela é uma das melhores coisas desse livro, ela continua sendo hilariantemente ácida, e apesar de irônica ela é muito perceptiva e apesar do modo meio seco ou até rude como expõe as coisas, ela tem muito bom senso.
Outro ponto que quero falar é de Shaunne e Erin. As duas brigaram e agora não são mais as gêmeas (mesmo porque esse papo de gêmea era meio bobo). A questão é, Shaunne sempre participou das “maldades” e fofocas juntos com Erin, agora que não são mais amigas ela fica colocando toda a culpa em Erin, e como se sentia “forçada” a tudo aquilo para “se encaixar”, completamente ridículo. Ela sempre fez muito bem esse papel, ela fazia por escolha própria, e agora que não está mais junto é muito fácil pintar a outra como culpada. Quem me surpreendeu nessa história foi Damien, julgando Shaunne como a parte com coração, como se Erin sempre tivesse sido apenas uma pessoa ruim que a influenciava negativamente. Por falar em coisas surpreendentes, para não dizer absurda, imprópria e viajada, tem uma cena que é... louca. Entendo que nossos personagens são adolescentes, que fazem coisas erradas (lá estava Aphrodite com Eric em um corredor escuro no primeiro livro da série), mas sério, em plena luz do dia, se molhar em um chafariz, depois ficar nua, no gramado da escola onde qualquer um pode ver é simplesmente demais para mim, extremamente exagerado e desnecessário.
Enfim, eu já tinha lido mais da metade do livro e não havia acontecido absolutamente nada, muito coisa foi escrita apenas para ocupar espaço, muita coisa absurda. Quando finalmente o livro está acabando e eu achei que a série poderia ter um final, recebemos um “fim, por enquanto”. Agora é esperar por mais livros dessa série sem fim.

Continuação:

O Próximo livro da série é Revelada que está previsto para lançar no começo do ano que vem, agora é esperar.

2 comentários:

  1. Poxa, li só os três primeiros volumes deste série há um bom tempo atrás e nem acredito que ela AINDA continua! Não fui extremamente fã nem no começo, suas impressões sobre o livro me desencorajaram a continuar mais ainda.
    De todo modo, boas leituras!
    Isabela

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  2. Li o primeiro livro da série em uma tacada só, então fechei ele e prometi nunca mais ler o resto, porque, Primeiro: livros em que já no primeiro livro personagem principal ama mais de um alguém, não da muito certo, esse foi meu motivo, até tentei continuar no segundo mais não rendeu, a narratória não me chamou mais atenção, talvez por eu ser uma eterna romântica, ou por achar um puco estranho o contexto...Percebi nas sua renhas e criticas que vc é altamente exigente !! Muito obrigada.

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