27 de abril de 2012

Anna e o Beijo Francês

[ótimo]

Eu recomendo: Anna e o Beijo Francês
Autora: Sthephanie Perkins
Editora: Novo Conceito

Sinopse:
Anna está sendo obrigada por seu pai a se mudar de Atlanta, onde tem um emprego fixo no cinema (sua paixão), uma paquera – Toph, que trabalha no mesmo lugar que ela, uma melhor amiga chamada Bridgette, para estudar em Paris. Ela não está nada feliz, não conhece nada na França, não fala francês, não quer ficar longe de sua amiga, quase namorado, emprego, escola e irmão. Não quer ir para um internato para americanos numa cidade longe e desconhecida. Mas para ela não restam muitas escolhas. Já no primeiro dia ela está chorando quando sua vizinha de dormitório, Meredith, aparece para reconfortá-la e apresenta Anna a seu grupo de amigos, o casal Rashimi e Josh e o belo Étienne St. Clair. Aos poucos ela vai fortalecendo seus laços de amizade com o grupo e vai conhecendo Paris, St. Clair é um dos principais responsáveis por Anna abandonar o prédio da escola nas suas horas vagas e descobrir a cidade. Entre os dois vai crescendo uma bela amizade, mas é somente até esse ponto que o relacionamento deles pode ir porque ele namora Ellie, outra menina que estudava no mesmo internato, mas que se formou e agora já está numa universidade. Anna não admite seus sentimentos, não apenas por ele ser comprometido, mas também porque Meredith visivelmente gosta de St. Clair. Além do que Anna tem Toph esperando que ela volte para Atlanta e Étienne tem problemas muito grandes que fazem com que tenha medo que ocorra qualquer mudança na sua vida.

Meu cantinho:
Comprei esse livro tem um tempo já, acredito que alguns meses, mas acabei dando prioridade algumas sequencias de séries e esse (e vários outros livros) foram ficando para trás. Pensei que seria bom resenha um livro volume único já que 99% das minhas últimas postagens foram séries. Escolhi entre os vários na minha estante esse porque havia lido uma resenha extremamente positiva desse livro (o que me levou a compra) e comecei a lê-lo. Confesso que no começo estava um pouco confusa, o livro era bom, divertido, mas eu simplesmente não tinha ideia do que a minha parceira de blog tinha visto nesse livro para exaltá-lo tanto em sua resenha, mas após alguns capítulos comecei a me encantar com o livro e quando vi estava perdidamente apaixonada.
Uma das primeiras coisas que gostei foi o francês, temos algumas palavras perdidas pelo livro, algumas frases, eu estudo francês e acho uma língua muito bela, sendo assim o livro já ganha alguns pontinhos comigo. Fiquei preocupada de que quem não conhecesse nada de francês tivesse sua leitura prejudicada, mas são poucas coisas e muitas vêm seguidas da tradução, portanto acho que isso não é um problema.
Bem, quanto aos personagens, são todos bem construídos, bem diferentes, mas creio que vejo entre St. Clair e Anna uma afinidade e semelhanças muito grandes. St. Clair é o tipo bonitão, que encanta todas as meninas, por quem todos inevitavelmente tem uma quedinha, ele tem problemas com seu pai (com quem vive na França) que dificulta seu relacionamento e o afasta de sua mãe (que agora está nos EUA). Ele nasceu nos EUA, mas seu pai é francês, e como viveu um tempo em Londres tem sotaque inglês (fico imaginando o sotaque dele, amo como os ingleses pronunciam as palavras). O que eu acho divertido é que apesar de charmoso, inteligente que sabe de tudo um pouco ele é relativamente baixinho, e é bem difícil imagina-lo assim por conta de sua personalidade forte. Tive meus momentos de descontentamento com ele, se ele gosta de Anna porque não termina com Ellie? A própria Anna se faz essa pergunta, e no livro acabam aparecendo os motivos dele, mas que para mim não são suficientes. Nada justifica manter um relacionamento com alguém que você não ama, você machuca a você e a outra pessoa. Se houver uma terceira pessoa envolvida então por quem de fato você tem sentimentos... acho que não há motivos suficientes para não ficarem juntos. Sobre Anna, ela é uma garota mediana em aparência, não há nada que a autora fale nela que se destaque, o que fez com que eu me apaixonasse por ela foi a semelhança que encontrei comigo. Ela tem o hábito de fantasiar situações, imaginar como as coisas vão acontecer, quando está numa situação ruim vê sempre o lado pior, se desespera e fantasia as coisas mais loucas possíveis. Ela as vezes consegue ser a rainha do drama! Gosto também do humor dela e dos pensamentos engraçados, divertidos, ela com certeza arrancou vários sorrisos e várias risadas minhas! Não conseguia deixar de rir diante da dificuldade dela com o francês e as frases esquisitas que conseguia elaborar, assim como o fato de ter quase morrido de fome durante uma semana por vergonha de pedir seu almoço em francês no refeitório! Ela também faz questionamentos relacionados a situação amorosa que vive, que eu creio que todas as garotas do mundo já se fizeram um dia, portanto não tem como não se identificar e como não gostar dela.
Meredith teve, a princípio, uma presença forte, parecia ser alguém como uma personalidade única, com um jeito de ser diferente, que logo começa a ficar esquecida, some da história e que não passa de uma personagem secundária. Josh e Ramishi são secundários, Josh é o melhor amigo de St. Clair e Rashimi parece ser alguém cabeça dura e azeda que namora com ele. Ambos aparecem sempre no cenário de fundo, estão na mesa do almoço, na reunião, no cinema, mas sem diálogos elaborados. Em determinamos momentos eles tem uma participação mais ativa – quando ajudam os bêbados a chegarem em casa, quando bebem com os amigos que estão mau e ficam bêbados juntos e em alguns momentos Josh oferece bons conselhos a Anna. Rashimi, de quem eu não gostei logo de cara mostrou uma mudança significativa no final e percebi que em muitos momentos ela apenas foi mal compreendida, tanto por mim quanto por Anna. Ellie, a namorada de St. Clair é simplesmente intragável, antes ela era a melhor amiga de Rashimi, e agora se acha muito superior para conversar com qualquer um além do namorado, esqueceu completamente seus amigos, sem falar que eu achei ela meio biscate – se você usa roupa curtinha e decotada de enfermeira em uma festa a fantasia você perde pontos comigo. Bridgette, a melhor amiga de Anna que ficou em Atlanta, que sempre é citada por e-mails e telefonemas que ambas trocam, se mostrou a pior amiga do mundo. Eu achei ela sacana e a traição dela foi horrível (não vou falar exatamente o que ela fez para não dar spoilers), mas eu não teria sido compreensiva como Anna foi no final. Toph fica no chinelo assim que St. Clair apareceu, mas como este tem namorada, Anna de alguma forma se apega a Toph e o inicio de relacionamento que eles tiveram antes dela ir embora. Ele também de certa forma alimenta algo entre eles, já que liga e manda e-mails com certa frequência. Acho ele outro falso, que fica dizendo: "mas o que está acontecendo?" como se ele não fizesse a mínima ideia do que suas atitudes causaram. O último personagem sobre o qual quero falar eu não citei anteriormente em nenhum lugar, o nome dele é Matt, ele era o melhor amigo de Anna, eles namoraram um tempo meio que por conveniência (não tinha mais nínguem) mas terminaram assim que Anna soube que iria para França e ela acabou ficando com Toph. Pelo modo que Anna falava dele, ele parecia meio bobo, um personagem meio inseguro e sem graça. Acontece que no final, quando ele de fato apareceu no livro, eu achei ele um cara muito bacana, uma amigo leal e uma pessoa decidida! Pena que ele apareça tão pouco!
Agora falando da parte romântica do livro, eu simplesmente não sei descrever o que, mas creio que seja o conjunto que torna esse livro delicioso. A personalidade divertida dos dois, as brincadeiras, a cumplicidade, a amizade, afinal de contas não tem nada melhor do que se apaixonar pelo seu melhor amigo?! Eu li muitos livros de romances nesses últimos tempos, mas confesso que nenhum deles me arrancou suspiros a cada final de capítulo e gritinhos de excitação para saber o que aconteceria a seguir. Nem mesmo Um Dia, que foi outro livro que eu me apaixonei me deixou nesse estado. Um Dia é sem dúvida esplendido, mas acho que é em certos pontos um livro muito duro, muito trágico, mais real (que me arrancou lágrimas no final), porém maravilhoso ao seu modo. Anna e o Beijo Francês é uma leitura mais leve, apesar de ainda ter complicações e dramas fortes, é um livro de romance adolescente pelo qual toda menina já passou ou quer passar. Houve da minha parte uma identificação e uma afinidade enorme que tornou essa leitura espetacular. Certo momento da leitura eu parei e pensei que esse livro era como chocolate com cobertura de chantili de tão doce e gostoso que estava sendo!
Do livro só não gostei como algumas coisas perdem a importância ou ficam aparentemente inacabadas. Anna entra numa briga porque falam mal de Meredith (que no momento está brigada com Anna) e ela nunca fica sabendo do que Anna fez por ela. Não que ela tenha brigado para conseguir qualquer reconhecimento, mas é que nos livros quando coisas assim acontecem ela geralmente carregam algum peso. A mesma coisa com Isla, uma personagem secundária, aparentemente muito meiga que tem um interesse em Josh, mas que não é algo que se desenvolve, é apenas citado. Acho que teria sido legal desenvolver essa paixão e possíveis atritos por conta do namoro dele com Rashimi, mas essa é apenas minha opinião.
Um livro encantador (procurando que palavra poderia descrever a magnitude desse romance), mágico, delicioso que eu sem dúvida alguma recomendo!

Volume único.

Nota: O casal principal desse livro volta a aparecer no livro Lola e o garoto da casa ao lado, mas não se trata de uma continuação direta, pois eles não são o foco do livro, aparecendo esporadicamente.  

Um comentário:

  1. É uma graça de livro né, eu depois de terminada a leitura fiquei até com saudade dos personagens principais de tanto que gostei do livro.

    Vanessa - Balaio

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